17 de mar. de 2016

Dia 147: A Grande Ilusão (3 de agosto)

Preguiçando confortavelmente em frente à TV, sem conseguir levantar do sofá por nada neste mundo, eu decidi seguir com A Grande Ilusão (TheTruth about Emmanuel) até o fim - momento em que, aliás, durante os créditos finais, eu pensava sobretudo como esse filme poderia ser uma produção independente bastante interessante se não fosse não mainstream. Não sei se essa afirmação faz algum sentido...

A questão é que, se a escolha houvesse recaído para uma narrativa mais poética, esse filme teria sido muito belo.  Pessoas que experenciam um sofrimento intenso, mergulhadas na loucura proveniente da perda, parecem se direcionar instintivamente para o encontro com seus semelhantes. Esse espelho representado pelo outro é um caminho de superar um sofrimento tão gigante que acaba por se tornar a prisão mais eficiente do planeta. Esse filme conta a respeito de duas mulheres confrontando perdas que acabam por se complementar de uma maneira que o Universo aperfeiçoou magistralmente. Como eu disse antes, teria sido lindo se a produção não tivesse escolhido o meio termo entre uma narrativa delicada sobre duas pessoas perdidas em sua própria dor e uma trama de suspense (para prender o espectador?), o que resultou apenas em uma forma eficiente de desperdiçar a oportunidade de conferir mais poesia a uma boa história. 

http://onemovieadaywithamelie.blogspot.com.br/2015/08/day-147-truth-about-emanuel-august-3.html


A Grande Ilusão (The Trugh about Emanuel)Dirigido e escrito por Francesca
Gregorini, a partir da história de Sarah Thorp e Francesca Gregorini. Elenco: 
Jessica Biel, Kaya Scodelario, Alfred Molina. EUA, 91 min., Cor, 2013 (Net).



15 de mar. de 2016

Day 146: The Lunchbox (2 de agosto)

Cada comunidade possui mecanismos sociais próprios. Nesse sentido, não é uma surpresa que a Índia apresentaria ao mundo um sistema tão maluco e incríveis coo o Dabbawala, o eficiente esquema de entrega de marmita de Mumbai. Criado há 125 anos, em 1890 (Obrigada, wikipedia), ele possui uma história de mínimos erros e falhas. Há tantos estudos a respeito, Príncipe Charles reconheceu o quanto eficiente esse sistema é... mas não é de espantar que o cinema escolheria justamente se debruçar sobre o Dabbawala com um olhar mais humano.  

A estimativa não muito exata é que esse aparentemente errático sistema de entrega possui uma margem de um erro a cada 6 ou 8 milhoes de entregas. Claro que o argumento de The Lunchbox (Dabba), uma produção de Bollywood de 2013, se concentra justamente em um dessas raras falhas. Uma esposa preocupada, solitária e cheia de esperanças envia ao seu marido uma marmita com suas novas aventuras culinárias, destinadas a alcançar o coração desinteressado e frio daquele homem por meio do estômago. Mas a comida chega a um dos outros milhões de trabalhadores em Mumbai. Graças aos deuses hindus de Bollywood que as coisas ocorreram dessa forma. 

Uma importante suposição neste filme diz respeito ao ditado segundo o qual "o trem errado pode levá-lo à estação certa". Por meio desse engano justo, dois indivíduos perdidos na falta de sentido das suas vidas cotidianas encontram outros significados e esperança de dias mehores um no outro. Eles estão conectados pela comida, um maravilhoso modo de união, e pela própria solidão, apesar das pessoas ao seu redor.

A vida pode ser um retrato fiel desse trem errado que nos leva à estação certa. Nesse sentido, são as pessoas que conferem sentido a essa jornada insana. 

Os personagens aqui são tão reais, tão próximos, cativantes. Desse modo, eu percorri todo o filme The characters in this movie are so real, so close, so endearing that I went through the whole filme like it was a lullay and I was being cuddled by such a delicate story. I don't know how to explain that exactly, but there's somehting about such real characters in a movie that never fails to break my heart and bring tears to my eyes. Despite being also funny (thanks mostly to the persistent Shaish) and sweet, I wasm ovied by The Lunchbox since the beginning til its unbelievable end. So much life in its amazing details, it is impossible not to get at least a bit emotional here and there. A lovely movie wiht belove characters.


The Lunchbox (Dabba). Directed and written by Ritesh Batra (With hindi
dialogues by Vasan Bala). With: Irrfan Khan, Nimrat Kaur, Nawazuddin
Siddiqui.  India/France/Germany/USA, 2013, 104 min. Dolby Digital,
Color (Cable TV).


PS: Penny Dreadful, season 2, til the heartbreaking end. 

PPS: When Ila tries to explain to the Dabba deliveryman that there has been a mistake, he says that she is the wrongful one. After all, they are talking about a system validated by harvard and the "king" of England. Not a small feature, right? But this scene annoys the hell out of me, because the despising ways by which the guy alludes to the woman's complaint is a small but very effective dose of the lack of a female voice and respect in India and, course, in general. 

http://onemovieadaywithamelie.blogspot.com.br/2015/08/day-146-lunchbox-august-2_4.html



PPPS: I was so suspicious of being caught by another too-painful-to-stand movie that I've asked two friends about The Lunchbox before choosing to see it in this sunday night. Thanks to Sá e Kal, I've reached this incredibly sweet and delicate story.












1 de out. de 2015

Dia 145: O Sétimo Continente (1º de agosto)

No último post, eu (juntamente com Rodrigo) enfatizei como uma história pode ser prejudicada por um excesso de explicações. Algumas vezes, porém, o que vemos é uma total falta de explicativas porque não há como explicar algumas coisas. Talvez seja por isso que, no caso do filme de hoje, nós não sejamos capazes de ver claramente os personagens no início - eles, assim como sua vida e razões, não são completamente visíveis para nós. 

na vida cotidiana, cada pequeno detalhe faz parte da nossa percepção das coisas, mesmo que passemos por elas diariamente sem percebê-las. A chave que liga o carro. O cereal absorvendo o leite. Uma pessoa sem rosto que espera pela consulta médica ao nosso lado. E assim as coisas passam, a vida passa, nós seguimos pelos dias, horas, minutos. Até que seguir perde totalmente o sentido. Há milhões de maneiras de parar de se importar com as coisas ou até mesmo de não suportá-las mais. Mikael Haneke, em O Sétimo Continente (Der Siebent Kontinent), seu longa metragem de estreia na direção, nos mostra uma dessas formas de maneira magistral e quase cirúrgica, baseado em fatos reais de uma família na Alemanha. Mas apesar de sua visão de certa maneira asséptica, esse filme é um soco emocionalmente forte no estômago - e minhas reações a ele foram físicas mesmo. 

O que se passa com a família aqui eu já vi acontecer com pessoas ao meu redor (desculpe se não posso ser mais explícita, mas, acredite, estou me referindo a algo verdadeiramente triste e nocivo). É horrível. E tentamos encontrar uma explicação, um motivo para tal escolha, mas não  há nenhum. Toda justificativa é inútil, e Haneke é um mestre em nos falar a respeito. Julgamentos não servem para nada aqui também, é importante ressaltar. 

Depois da última cena, eu desliguei ia TV e olhei ao meu redor. Nada parecia fazer sentido por vários minutos. Aos poucos, fui retornando à vida, mas ainda em um estado suspenso, que me permitia perceber cada detalhe no meu entorno. A carne que eu estava fatiando para o jantar (o qual, eu acredito, não serei capaz de ingerir). Meus dedos martelando as teclas do computador. Sons distintos para além da minha janela. Uma dor persistente na cabeça depois de uma viagem tão difícil. Creio que levarei ainda um tempo para voltar a um estado menos perturbador diante da vida. 

Esta semana com os filmes não foi fácil. Primeiro foi a terrível tragédia de Oldboy... Depois, a falta de sentido e estupidez de Segunda Chance, e, agora, uma vida que podemos considerar comumente boa, mas que não tudo menos satisfatória. Mas, mesmo com as porradas sucessivas, é por um profundo sentido da vida que eu escolho passar boa parte do meu tempo com o cinema e seus filmes geniais, não é? E mais estar por vir, tenho certeza (e assim espero!).

http://onemovieadaywithamelie.blogspot.com.br/2015/08/day-145-seventh-continent-august-1st.html




O Sétimo Continente (Der Sibient Kontinent). Dirigido por Michael Haneke.
Com: Birgit Doll, Dieter Berner, Leni Tanzer. Roteiro: Michael Haneke,
Johanna Teicht. Austria, 1989, 104 min., Mono, Color (DVD).

Dia 144: Segunda Chance (31 de julho)

Eu simplesmente adoro Depois do Casamento (After the Wedding e Em um mundo melhor (In a Better World), filmes dirigidos por Susanne Bier. Assim, eu tento acompanhar sua carreira por conta o que considero duas obras primas, mas não tem sido fácil. 

Segunda Chance (En Chance Til) foi um filme bastante confusão para mim. Sua temática e atuações são bastante relevantes, mas um problema se apresentou pelo argumento central da história: alguém seria de fato capaz de agir daquela forma, em um momento de desespero? Rodrigo e eu questionamos essa premissa básica desde o início, criticando os personagens e os rumos que a história tomou ao longo do filme. Para dizer o mínimo, nós ficamos bastante bravos, na verdade. Eu entendo como um autor pode perder a mão ao escrever uma história, assumindo um tom professoral e perdendo parte da intuição ao longo de uma brilhante carreira. Trata-se, no entanto, de algo muito triste de se presenciar. 

Ainda assim, ao longo dessa co-produção de 2014 da Dinamarca e Suécia, nós conseguimos deixar um pouco de lado esse questionamento central a fim de nos focarmos no que estava sendo de fato debatido ali, e muito é discutido nesse filme. A cola que unia todas as questões apresentadas é o quão humanas todas elas são. Dessa forma, decidimos largar de mão o argumento sem sentido para nos concentrarmos no que estava sendo dito por detrás daquela situação absurda. 

Eu me lembrei do livro de Lionel Shriver, Precisamos Falar sobre Kevin, para mim uma leitura obrigatória (O filme não conseguiu alcançar a profunda e complexa dimensão do livro, eu acho). A busca  por uma vida perfeita, uma família perfeita: a luta insana por alcançar esse ideal ilusório pode superar necessidades mais fundamentais e prementes, como a percepção do que realmente acontece dentro de nós ou no ambiente familiar. Essa busca pode nos cegar completamente. Não olhar para a situação com olhos bem abertos pode acarretar eventos trágicos, como vemos na história apresentada por Shriver e no filme de Bier. Fazer de conta que tudo está bem, especialmente quando que está visível aos olhos parece maravilhoso, tem seu lado criminoso, com consequências terríveis.  

Uma das lições aqui é: olhar para a situação real que vivemos pode ser doloroso, mas fingir que está tudo bem pode ser ainda mais prejudicial, trágico até.  

Outro aspecto: agir em desespero é também garantia de tragédia. Não podemos resolver as dores de outrem - podemos ajudar, mas não resolvê-las por aqueles que amamos. Tentar resolver a situação de outrem é humano, claro, mas pode ser uma estupidez também. Nesse filme, Andreas, interpretado por Nikolaj Coster-Waldau, é estúpido por excelência e de forma magistral (eu disse que nós estávamos com raiva...). Aos poucos, no entanto, somos capazes de entender suas razoes, mas sem nunca cessar de questioná-las. O que ele faz é extremo e horrível, com terríveis consequências para ele e os outros envolvidos, e o fato de que ele age daquela forma sob falsos pretextos (mesmo sem o saber) é ainda pior. 

Ao ler este post, eu me sinto bastante prepotente, julgando ferozmente as ações de outrem, algo que eu tento evitar com bastante atenção - se Andreas houvesse sido um pouco menos preconceituoso, por exemplo, talvez ele houvesse agido diferentemente. Não me leve a mal, eu entendo as razões dele perfeitamente. mas, como eu disse antes, a premissa em si dessa história é absurda, facilitando os julgamentos a respeito. Essa atitude perante o filme se torna ainda mais fácil quando percebemos o que Susanne Bier defende em sua história - ao final, fica claro que ela partilha de algumas das ideias mais preconceituosas de Andreas, mesmo que ela tenha apresentado também a imensa bagunça que essa percepção pode causar. 

Nossas fortes reações ao filme são uma reflexo de como ele é relevante e enganador ao mesmo tempo. Não conseguíamos parar de falar a respeito do que víamos à nossa frente, sem acreditar no absurdo. Ao final, no entanto, eu penso que nós fomos ficamos menos furiosos, mais sensíveis à busca de Andreas. Ao menos até a terrivelmente cafona última cena, uma tentativa desastrosa de transmitir uma lição redentora. Um desperdício absoluto, quando nós finalmente estávamos conseguindo compreender essa trágica história humana.  

http://onemovieadaywithamelie.blogspot.com.br/2015/08/day-144-second-chance-july-31.html


Segunda Chance (En Chance Till). Dirigido por Susanne Bier. Com: Nicolaj 
Coster-Waldau, Urish Thomsem (o mesmo de Adams Aebler)Maria Bonnevie.
Dinamarc/Suécia, 2014, 102 min., Color (DVD).


PS: Fragmentos: A Seleção (Admission, 2013); Penny Dreadful, temporada 2, episódio 6, e alguns outros que eu não consigo lembrar agora... muita televisão e pouca memória :)

Dia 143: Palavrões (30 de julho)

Eu acabei assistindo a Palavrões (Bad Words) por acaso, na TV a caso, ainda de manhã, enquanto zapeava pelos canais da TV à procura de um filme para me acompanhar no café da manhã, como costumo fazer todos os dias. O que me chamou mais a atenção aqui foram as primeiras falas no filme, que peguei no início, e o quanto sombrias elas eram, reforçadas pela trilha sonora clássica: 

"Não sou bom em um monte de coisas, especialmente em refletir sobre as questões. Por isso esse meu plano foi tão porcaria. mas eu estava magoado, e estou feliz de ao menos ter feito algo a respeito. Tomar decisões erradas não é algo novo para mim. Afinal, eu vivo sozinho aos 40 anos de idade, e vivo de revisar garantias de produtos. Há algumas semanas, eu decidi pedir uma pausa no trabalho para poder fazer isso tudo aqui. E é bastante irônico que tudo o que fiz foi exatamente o que uma criança faria. Eu fiz birra exatamente para chamar a atenção".
"I'm not good at a lot of stuff. Especially thinking things through. And that's why this plan was so shitty. But my feelings were hurt, and I'm glad I at least did something about it. Making bad decisions is nothing new to me. After all, I live alone at 40, and I make my leaving proofreading products warranties. A few weeks ago, I took a  break from that however, so I could do this whole thing. And it's pretty ironic that what I did  was exactly what a child would do. I threw a tantrum just to get attention."

E isto é o que Guy Trilby é de fato: uma criança no corpo de um cara de quarenta anos. Esse tipo de criança não é raro, se pensarmos bem. Muitos de nós ainda carregamos nossas questões da infância conosco diariamente, sem nem percebermos. Decisões e escolhas são feitas por essa criança magoada, e não somos conscientes disso. Um dia, Guy resolve remediar essa situação. E como ele mesmo disse acima, sua escolha de como fazê-lo pode não ter sido a melhor, mas foi efetiva. 

É por isso que uma comédia que teve alguns momentos bastante bobos, sem noção mesmo, conseguiu me pegar de jeito  Apesar de algumas cenas muito estúpidas, seu tom sóbrio é uma constante, os personagens se tornam cada vez menos estereotipados a cada minuto, e assim eu não consegui me afastar desse filme, a estreia na direção de Jason Bateman em longa metragens. Eu li alguns comentários afirmando como esse filme é preconceituoso e misógino. Eu penso que o protagonista é assim, não o filme, que vai justamente na direção oposta do que o personagem apresenta de início. Claro, ele assim o faz com o uso de uma quantidade grande de clichês, mas essa escolha não comprometeu a busca dos personagens e a sua relevância - elementos que me levaram a me importar com o protagonista e com o que iria acontecer adiante. Não se trata de uma má característica em uma história, no final das contas. 

http://onemovieadaywithamelie.blogspot.com.br/2015/08/day-143-bad-words-july-30.html


Palavrões (Bad Words)Dirigido por Jason Bateman. Com: Jason Bateman, 
Kathryn Hahn, Rohan Chand. Writer: Andrew Dodge. EUA, 2013, 89 min., 
Dolby Digital, Color (Net).


PS: Fragmentos: Penny Dreadful temporada 2, episódios 3 e 4 - Eu tenho a firme convicção de que Eva Green deve receber um salário maior que o resto do elenco... o trabalho dela não é fácil, e ela o faz de forma bela e contundente.  

12 de set. de 2015

Dia 142: Oldboy (29 de julho)

Eu realmente preferiria não ter de escrever a respeito do filme de hoje. Mas como eu não me permito nenhuma escapulida neste desafio, aqui estou. 

Eu poderia ir direto ao ponto e dizer o quão magistral consegue ser Chan-Wook Park em Oldboy, uma produção de 2003 que eu levei muito tempo para ver. Eu apenas posso imaginar como teria sido assistir a esse filme no cinema, porque a fotografia é ainda muito atual e surpreendente, apesar do crescente número de produções com esse tipo de estética pop gamer atualmente.  Durante todo o filme, eu me imaginei na sala de cinema, há treze anos, maravilhada e aterrorizada pelo que via diante de mim. Mesmo na tela da minha televisão esse filme é lindo e de grande impacto. 

Essa afirmação seria precisa, até, mas um pouco distante do que realmente aconteceu comigo ao ver Oldboy.

Completamente só num mundo deserto e escuro, gritando desesperadamente na direção de um céu turbulento e caótico seri uma imagem mais apropriada ao caso. Se por um momento você pensou que eu posso estar exagerando, pense novamente. Estou sendo até bastante discreta, na verdade. Eu não sabia o que fazer comigo mesma durante as últimas cenas. Eu amaldiçoava a decisão de ver esse filme, xingava os roteiristas, ao mesmo tempo em que não conseguia desviar meus olhos da tela. Num estado bastante perturbado e com o coração em milhões de pedaços, eu desejei não ter assistido a esse filme, mas estava ainda assim grata por tê-lo finalmente visto. 

Uma história de proporções trágicas, um modo de filmar peculiar e belo, atuações extraordinárias: esse filme é ouro. Incrivelmente sofrido, horrível e verdadeiro. Vingança parece ser o tema preferido de Chan-Wook, e somente por esse filme eu imagino o que o levou a debater a respeito de forma tão contundente e sem concessões. Não tenho certeza se chegarei à outras de suas produções, no entanto, ao menos por um bom tempo. Ainda estou tentando ficar bem depois do filme de hoje, um soco no estômago de que é difícil se recuperar. 

http://onemovieadaywithamelie.blogspot.com.br/2015/07/day-142-oldboy-july-29.html


Oldboy (Oldeuboi)Dirigido por Chan-Wook Park. Com: Min-Sik Choi,
Ji-Tae Yu, Hye-Jeong Kang. Roteiro: Chan-Wook Park et al. a partir dos
quadrinhos de Nobuaki Minegishi. Coréa do Sul, 2003, 120 min., 

Dolby Digital, Color (DVD).

PS: Há um remake desse filme com Josh Brolin eElizabeth Olsen, mas, pelo comentários, ele não conseguiu fazer jus ao original. 

PPS: Parce que moi je rêve, moi je ne le suis pas... Porque eu sonho, eu não sou...  Um dos filmes mais chocantes, senão o mais chocante que vi é também um dos meus favoritos na vida. Ao final de Léolo, uma produção canadense de 1992, todos no cinema ficaram paralisados. Ninguém se movia, todos congelados diante da porrada que foi a última cena. o entanto, Oldboy conseguiu se colocar num patamar superior no que diz respeito ao choque e tragédia, algo que eu não pensava ser possível. 

Dia 141: Jogada Decisiva (28 de julho)

Há uns meses, um amigo me perguntou se eu havia assistido a Jogada Decisiva (A Big Hand for the Little Lady). Ele contava sobre uma cena em que um dos personagens vai ao banco para pedir um empréstimo a fim de permanecer numa partida de poker, apresentando sua mão de cartas como garantia Na ocasião eu disse que sim, que tinha uma lembrança de o ter visto, mas que na verdade não tinha certeza. Eu tinha algumas imagens do filme na lembranças, e hoje decidi confirmar se realmente havia assistido a esse filme. 

A resposta é não. Estou agradecida a esse amigo por haver mencionado o filme para mim, porque ele é bom demais, genial e divertido. Jogada Decisiva é o que muitos filmes atuais tentam ser, com doses iguais de diálogos espirituosos e inteligentes, personagens bem construídos, atores maravilhosos garantem um bom entretenimento para o espectador. No início, eu estava realmente ansiosa. Um pouco depois, foi inevitável me divertir bastante - o Henry Drummond de Jason Robards, por exemplo é uma figura, impossível não achar divertido. Ao final, eu estava bastante surpresa com esse filme inteligente e sagaz, além de se tratar de uma excelente chance de ver Henry Fonda e Joanne Woodward junto em tela, em um de seus bons momentos. 

Um pensamento de última hora: esse foi o segundo western da semana, e os dois filmes não poderiam ser mais diferentes, apesar de serem do mesmo gênero. O filme de Fred Zinnemann alude a uma terra de ninguém, um lugar onde ninguém está a salvo - imagens e sons numa linda fotografia contam a respeito. No filme de hoje, dirigido por Fielder Cook, se refere a um velho oeste festivo de e mais leve (mesmo com o suspense e a tensão de alguns momentos), quando todas as possibilidades estão na mesa (desculpem o trocadilho). 

http://onemovieadaywithamelie.blogspot.com.br/2015/07/day-141-big-hand-for-little-lady-july-28.html


Jogada Decisiva (A Big Hand for the Little Lady). Dirigido por Fielder Cook. 
Com: Henry Fonda, Joanne Woodward, Jason Robards, Kevin McCarthy. 
Roteiro: Sidney Carroll. US, 1965,
95 min., Mono, Color (DVD).