26 de jun. de 2015

Dia 21: Insurgente (30 de março)

Foi sem grande entusiasmo que cheguei ao cinema para ver a segunda parte da série Divergente, Insurgente (Insurgent). Eu queria assistir ao filme, mas já de início não esperava muito. 

A falta de expectativa pode ser um fator favorável ao espectador de cinema, porque eu curti o filme, que é um entretecimento de ação decente. Além disso, o filme para mim foi surpreendente também. 

A questão é, os produtores mudaram bastante da história original apresentada no livro de Veronica Roth. Trata-se de uma escolha inteligente, a meu ver, porque a segunda e terceira parte dessa trilogia eu achei muito ruins. Um droga, na verdade. Nessas duas últimas partes da série, ocorreu-me o pensamento de que um autor tem uma boa ideia, escreve um primeiro livro a respeito, mas não consegue sustentar a narrativa nos livros subsequentes.  Várias séries sofrem dessa síndrome - Feios, de Scott Westerfeld; Fallen, de Lauren Kate; Sussurro, de Becca Fritzpatrick's, e isso dentro do contexto da literatura para jovens adultos apenas. 

Assim, a decisão de mudar a história em Insurgente (e provavelmente nos próximos dois filmes referentes a Convergente), foi imperativa diante da intenção de apresentar um filme melhor que a história do livro.  Há algumas incongruências, claro. Não sou exigente quanto a fatos realísticos (para mim, o senso de realidade precisa estar presente em outros aspectos da narrativa), mas foi estranho demais que uma garota com um par de tesouras enferrujadas conseguisse cortar o próprio cabelo de forma a resultar num corte super estiloso. Eu quero aquelas tesouras para mim. E o guarda-roupa de Tris, que se encontra na parte mais pobre e abandonada da cidade, é realmente um espanto. No mundo em que ela habita, blusas elegantes, jaquetas de couro surgem do nada, assim como taças chiques e refeições nutritivas e bem apresentadas, numa comunidade onde as pessoas passam fome. Ao menos, nos livros, esses detalhes foram levados em consideração, mas não visualmente não são adequados aos seus protagonistas em filme. 

Mesmo assim foi um bom entretenimento. As simulações têm um visual incrível. E num ritmo rápido, com bom timing de ação, as quase duas horas passaram sem que eu percebesse, com uma trilha interessante ao final.  Um fim, alias, que é completamente diferente da história de Veronica Rothe. Tanto que eu pensei que este era, na verdade, o último da série. Mas não. Convergente Parte 1 (claro que serão dois filmes para o último livro, apesar do fato de que eu pensei que a história já havia sido concluída neste segundo) tem previsão de estreia em 2016. Agora é esperar para ver quais outras surpresas os produtores têm escondidas em suas mangas...
As roupas da parte pobre da cidade... :)

Inurgente (Insurgent). Dirigido por Robert Schwentke. Com Shaylene Woodley, 
Theo James, Ansel Elgort (neste filme, eu não achei estranho que Ansel e Shay fossem
 irmaos,  como aconteceu no primerio da série). Roteiro: Brian Duffiel et al., a partir
dos liro de  Veronica Roth. EUA, 2015, 119 min., Dolby Atmos/Datasat/Auro 11.1
 (o som de fato se destaca aqui)., Color (Cinema). 


PS: Fragmento: Rush, 2013.

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