11 de jul. de 2015

Day 82: Pi (30 de maio)

Lembro que várias pessoas me perguntaram se eu havia assistido a Pi quandp o filme estreou no final dos anos 90. Minha resposta era invariavelmente não. Acabei por ficar curiosa a respeito do filme, apesar de não fazer nenhum movimento em sua direção, ao menos até agora. 

Não tenho certeza do por que de haver levado tanto tempo para chegar à estreia na direção de Darren Aronofsky, mas agradeço por essa demora. E por haver assistido a esse filme no que com considero um bom dia para tal, porque ele não é fácil. mas eu estava fascinada desde a primeira cena. Sou totalmente estúpida  para matemática, mas a busca do personagem principal por uma verdade universal por meio dos números faz sentido para mim. E a forma pela qual Aronofsky mostra essa procura consegue ser bela: a genialidade no uso  das imagens em preto e branco e das atuações; os pequenos detalhes da vida cotidiana que o cinema ficou famoso por mostrar... Pi carrga em si vários elementos do seu próprio tempo - é um filme independente dos anos 90 já de cara, mas ainda assim de uma modernidade inegável. Eu fiquei absolutamente maravilhada. 

Mas ainda assim preciso dizer que há um problema no paraíso. Ciência, religião e dinhero como formas de estar no mundo, controlá-lo e explocá-lo pode tirar toda a beleza da procura pela verdade. Esses três elementos são vistos como essencialmente diferentes, mas ainda assim causam o mesmo mal. Obsessão, ganância, intolerância, louruca. Um homem na busca por padrões universais nanatureza quase perde a si mesmo. Até que, através da própria loucura e daqueles ao seu redor, ele consegue perceber a verdade simples de estar vivo. Ele identifica os padrões universais no mundo não por meio de fórmulas científicas, mas nele mesmo e na natureza. Parece bobo? Tavez. No filme de Aronofsky, no entanto, ela figurou como uma noção simples e de grande beleza. 

http://onemovieadaywithamelie.blogspot.com/2015/06/day-eight-two-pi-may-30.html




Pi. Dirigido e escrito por Darren Aronofsky, a partir da história criada por 
Aronofsky, Sean Gullette e Eric Watson. Com: Sean Gullette, Mark Margolis, 
Ben Shenkman. EUA, 1998, 84 min., P&B, Dolby (Netlfix).


PS: Eu colocaria os livros de matemática na seção de terror...









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