O dia 51 foi um legítimo "um filme por refeição": um durante o almoço, outro no jantar. Simples assim (mas nada banal, no entanto).
Enconto Inesquecível (The 7:39). Dirigido por John Alexander. Com: David Morrissey, Sheridan Smith, Olivia Colman. Roteiro: David Nicholls. Inglaterra, 2014, 100 min., Color (NET) |
Ao meio dia, eu esbarrei num filme na TV a cabo, Encontro Inesquecivel (The 7:39), uma produção britânica para a TV escrita por David Nicholls, autor de Um Dia (One Day), livro que tem até uma participação especial na primeira parte desse filme.
A premissa se encontra constantemente presente nas nossas vidas: a nossa rotina chega a um ponto em que nada faz mais sentido, e então passamos a viver no piloto automático, sempre insatisfeitos, seguindo adiante (em direção a lugar nenhum). Até que algo ou alguém nos apresenta uma paisagem melhor, e as coisas começam a fazer sentido novamente.
Trata-se de um filme para a TV, e mesmo que as produções para a tela menor atualmente se apresentem com incrível qualidade, ele não consegue infelizmente ir muito além do que comumente vemos nesse tipo de produção: um pouco de drama, cenas enternecedoras, uma mensagem clara e definitiva ao final, como se a vida fosse assim tão fácil. É um filme, no entanto, que traz questões importantes ao nosso dia-a-dia e uma companhia agradável para o almoço.
No jantar, as coisas ficaram um pouco mais sérias, mesmo que ainda bastante suaves. Eu há havia assistido à última parte de Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo (Seeking a Friend for The End of The World), mas dessa vez eu quis acompanhá-lo desde o começo. Trata-se da estreia na direção de Lorene Scafaria, a roteirista de Uma Noite de Amor e Música (Nick and Norah's Infinite Playlist), que eu absolutamente adoro. Mas mesmo assim eu não estava muito certa da minha decisão, porque eu já conhecia o final. Porém eu sempre digo que o fim não é toda a historia (Essa é a minha defesa quando questionada porque eu leio a última página de um livro...). Há tantos detalhes na história que saber a sua conclusão não importou muito - embora com certeza tenha influenciado a minha forma de me relacionar com esse filme.
O mesmo tema presente no almoço foi apresentado aqui (adequado para um jantar composto de sobras da refeição anterior): o momento na nossa vida em que encontramos alguém que confere significado a tudo ao nosso redor, mesmo aquelas totalmente sem sentido, como o fim do mundo.
Eu não era uma super fã de Steven Carrel, mas gostei muto de alguns de seus filmes mais melancólicos como Eu, meu irmão e nossa namorada (Dan in Real Life, 2007), que me levou a prestar mais atenção nele. Ele age de forma tão melancólica que constantemente transmite uma inadequação que é de fato encantadora. E em Procura-se um Amigo... não é diferente. Keira Knightley se encaixa ano cenário (embora sua ligação cm Carrel pareça estranha de início, como uma vez me disse Joe), e os dois protagonistas nos conduzem por um conto a respeito de perdas, esperança, amor dentro do quadro surreal do mundo chegando ao seu fim.
http://onemovieadaywithamelie.blogspot.com/2015/04/day-fifty-one-april-29.html
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PS: Ao ler meu livro atual, esbarrei em algumas palavras que se encaixaram perfeitamente a este dia com os filmes: "Eu acredito,", eu disse calmamente, "que todos aqueles que você encontra deixam uma marca em você. No final da sua vida, essa marca terá dadoforma a quem você é e qual vida viveu." (Do original: "I believe," I say slowly, "that everyone you meet leaves an imprint on you. By the end of your life, that imprint has shaped who you are what life you've lived." - Where Sea Meets Sky, um romance adulto de Karina Halle - Atria Books, 2015, p. 161 - E-book).
PPS: Este post, assim como meu dia inteiro, teve uma trilha sonora repetida à exaustão: Psycho, a nova música do MUSE, uma das minhas bandas do coração. A banda ficou irreconhecível por um tempo, mas creio que está voltando aos trilhos agora, graças a Deus e à saída de cena de YH. A música é ótima, estimulante, mesmo se na terceira parte eu tenha começado a cantarolar "Keep your eyes on the road, your hands upon the wheel"... em trecho que me fez lembrar a música do The Doors.
PPS: Este post, assim como meu dia inteiro, teve uma trilha sonora repetida à exaustão: Psycho, a nova música do MUSE, uma das minhas bandas do coração. A banda ficou irreconhecível por um tempo, mas creio que está voltando aos trilhos agora, graças a Deus e à saída de cena de YH. A música é ótima, estimulante, mesmo se na terceira parte eu tenha começado a cantarolar "Keep your eyes on the road, your hands upon the wheel"... em trecho que me fez lembrar a música do The Doors.
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