4 de jul. de 2015

Dia 51: Encontro Inesquecível + Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo (29 de abril)

O dia 51 foi um legítimo "um filme por refeição": um durante o almoço, outro no jantar. Simples assim (mas nada banal, no entanto). 

Enconto Inesquecível (The 7:39). Dirigido por
John Alexander. Com: David Morrissey, Sheridan 
Smith, Olivia Colman. Roteiro: David Nicholls. 
Inglaterra, 2014, 100 min., Color (NET)

Ao meio dia, eu esbarrei num filme na TV a cabo, Encontro Inesquecivel (The 7:39), uma produção britânica para a TV escrita por David Nicholls, autor de Um Dia (One Day), livro que tem até uma participação especial na primeira parte desse filme. 

A premissa se encontra constantemente presente nas nossas vidas: a nossa rotina chega a um ponto em que nada faz mais sentido, e então passamos a viver no piloto automático, sempre insatisfeitos, seguindo adiante (em direção a lugar nenhum). Até que algo ou alguém nos apresenta uma paisagem melhor, e as coisas começam a fazer sentido novamente. 

Trata-se de um filme para a TV, e mesmo que as produções para a tela menor atualmente se apresentem com incrível qualidade, ele não consegue infelizmente ir muito além do que comumente vemos nesse tipo de produção: um pouco de drama, cenas enternecedoras, uma mensagem clara e definitiva ao final, como se a vida fosse assim tão fácil. É um filme, no entanto, que traz questões importantes ao nosso dia-a-dia e uma companhia agradável para o almoço. 





No jantar, as coisas ficaram um pouco mais sérias, mesmo que ainda bastante suaves. Eu há havia assistido à última parte de Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo (Seeking a Friend for The End of The World), mas dessa vez eu quis acompanhá-lo desde o começo. Trata-se da estreia na direção de Lorene Scafaria, a roteirista de Uma Noite de Amor e Música (Nick and Norah's Infinite Playlist), que eu absolutamente adoro. Mas mesmo assim eu não estava muito certa da minha decisão, porque eu já conhecia o final. Porém eu sempre digo que o fim não é toda a historia (Essa é a minha defesa quando questionada porque eu leio a última página de um livro...). Há tantos detalhes na história que saber a sua conclusão não importou muito - embora com certeza tenha influenciado a minha forma de me relacionar com esse filme. 

O mesmo tema presente no almoço foi apresentado aqui (adequado para um jantar composto de sobras da refeição anterior): o momento na nossa vida em que encontramos alguém que confere significado a tudo ao nosso redor, mesmo aquelas totalmente sem sentido, como o fim do mundo. 

Eu não era uma super fã de Steven Carrel, mas gostei muto de alguns de seus filmes mais melancólicos como Eu, meu irmão e nossa namorada (Dan in Real Life, 2007), que me levou a prestar mais atenção nele. Ele age de forma tão melancólica que constantemente transmite uma inadequação que é de fato encantadora.  E em Procura-se um Amigo... não é diferente. Keira Knightley se encaixa ano cenário (embora sua ligação cm Carrel pareça estranha de início, como uma vez me disse Joe), e os dois protagonistas nos conduzem por um conto a respeito de perdas, esperança, amor dentro do quadro surreal do mundo chegando ao seu fim. 

http://onemovieadaywithamelie.blogspot.com/2015/04/day-fifty-one-april-29.html

Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo (Seeking a Friend to The End 
of The World).  Dirigido e escrito por Lorene Scafaria. Com: Steve Carell, 
Keira Knightley, Mark Moses. EUA/Cingapura/Malásia, 2012, 
101 min., Datasat/Dolby Digital, Color (Netflix).
PS: Ao ler meu livro atual, esbarrei em algumas palavras que se encaixaram perfeitamente a este dia com os filmes: "Eu acredito,", eu disse calmamente, "que todos aqueles que você encontra deixam uma marca em você. No final da sua vida, essa marca terá dadoforma a quem você é e qual vida viveu." (Do original: "I believe," I say slowly, "that everyone you meet leaves an imprint on you. By the end of your life, that imprint has shaped who you are what life you've lived." Where Sea Meets Sky, um romance adulto de Karina Halle - Atria Books, 2015, p. 161 - E-book).

PPS: Este post, assim como meu dia inteiro, teve uma trilha sonora repetida à exaustão: Psycho, a nova música do MUSE, uma das minhas bandas do coração. A banda ficou irreconhecível por um tempo, mas creio que está voltando aos trilhos agora, graças a Deus e à saída de cena de YH. A música é ótima, estimulante, mesmo se na terceira parte eu tenha começado a cantarolar "Keep your eyes on the road, your hands upon the wheel"... em trecho que me fez lembrar a música do The Doors. 

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